sexta-feira, 30 de setembro de 2011

TODO MUNDO ODEIA BOATOS.

Eu odeio Orkut

Confesso que já ando pra lá de irritado com esta ferramenta do Google, mas, o que está me incomodando mais no Orkut é a bendita (ou maldita) disseminação de boatos, notícias totalmente sem fundamentos, através das comunidades que ainda encontram gente suficientemente desocupada e besta para acreditar e participar.

Dia desses eu me deparo com a seguinte comunidade "Luto - Tyler James Williams (ator que interpreta Chris, do seriado Todo mundo odeio o Chris) morreu". 

E outras do tipo "Gugu morreu", "Pedro Lanza morreu", "Hebe Camargo morreu". Como se realmente nenhum site ou canal de televisão fosse anunciar uma notícia assim. É o fim da picada. O Orkut agora mata as pessoas.

Cuidado, pois você pode ser a próxima vítima dos assassinatos do Orkut!

E não é só sobre morte de famosos: são notícias que nunca apareceram nos jornais, tragédias que nunca aconteceram, episódios de seriados que nunca foram exibidos. Se receber e-mails com conteúdo falso já era um tanto inconveniente, ver isso a todo instante no Orkut é uma verdadeira tortura.

Ainda bem que sou imune a esses desafios à paciência e a inteligência.


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

SEM ASSUNTO.


Me desculpem, mas hoje não tem matéria!

Não vou escrever, hoje!

Levantei, li os jornais, as revistas, a Internet, vasculhei a minha vida e nada! Tudo na mais perfeita desordem, tudo como sempre foi e será.

Tudo tão igual desde que nasci, que chega a ser assustador essa mesmice entediante.

Os brasileiros continuam exatamente iguais.

O governo continua inoperante.

Os políticos continuam roubando.

A sociedade continua hipócrita.

A igreja continua a igreja.

Os militares continuam observando.

Tudo continua como está.

Como diz um amigo meu: “se melhorar, piora!”

Nós, seres humanos, principalmente os seres humanos brasileiros, conferimos à própria história um toque de idiotice endêmica e nos achamos os tais.

E só pra constar: IDIOTA NÃO TEM TÉDIO!

Eu não disse que não tinha assunto?


terça-feira, 27 de setembro de 2011

TEORIA DO "OVO OU GALINHA" ?


Quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?

Acredito que este seja um dos questionamentos mais paradigmáticos dos nossos tempos, a mãe de todas as especulações.

Segundo Aristóteles, a galinha tem primazia sobre o ovo. A origem desta radical tomada de posição aristotélica em favor da galinha acha-se na distinção do ser em potência e ato, íntima de Aristóteles. Entre o ser em estado acabado, o ser em ato, e o puro não-ser, tende-se a um intermediário, o ser em potência, que já pertence ao real sem estar ainda perfeitamente realizado. As mudanças e movimentos explicam-se dizendo que são a passagem do ser em potência ao ser em ato.

Portanto, a galinha é anterior ao ovo.

Eu, infelizmente, preciso discordar do meu caro amigo Aristóteles. Na minha opinião, o ovo é anterior à galinha.

E a minha explicação é bem mais simples: na era dos dinossauros já existiam ovos. E nada de galinhas.

Mas, para manter viva esta especulação milenar, sugiro que, a partir de hoje, o questionamento seja reformulado para:

“Quem nasceu primeiro: o ovo DA GALINHA ou a galinha?.
Aí eu tô contigo e não abro!


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

UMA QUESTÃO DE SEGURANÇA NACIONAL.


Fui a uma burgueria em Salvador e, ao pedir um sanduíche, percebi que a carne estava muito mal passada. Eu até gosto de carne meio crua, mas desde que seja pelo menos passada. Fui comendo o sanduíche pelas beiradas (literalmente), até que o sangue bovino começou a escorrer por todos os lados e então percebi que era inviável continuar.

Resolvi, portanto, chamar o garçom para encaminhar minha reclamação. O garçom consentiu que a carne estava crua, mas alegou que era “novato” e chamou um garçom mais experiente. O outro garçom, o dito “mais experiente”, também concordou que a carne do sanduíche estava crudelíssima, mas, mesmo sendo o tal “mais experiente”, não sabia como proceder e chamou o gerente.

O gerente, por sua vez, disse:
- Não está mal passada. Está à moda da casa.
Para quem não sabe, o termo “à moda da casa” é uma espécie de carta-curinga dos funcionários de restaurantes para justificar qualquer problema com a comida.

Reafirmei para o gerente que esta muito mal passada, mas o mesmo insistiu em utilizar a carta-curinga tirada da manga. Aleguei que os seus próprios subordinados (os garçons) haviam consentido, assim como todas as pessoas que estavam comigo na mesa, mas meu esforço foi em vão. Os garçons, a propósito, ficaram constrangidos em ter que assumir, na frente do próprio chefe, que o sanduíche estava cru.

Resolvi, então, promover uma enquete no estabelecimento para analisar o estado da carne do meu sanduíche. Abordei os clientes de mesas vizinhas, permiti que eles manipulassem o sanduíche e analisassem. Todos os clientes abordados consentiram que estava crua mas o gerente, que observou tranqüilamente a execução da enquete, ignorou o resultado e insistiu na carta-curinga “à moda da casa”.

Coincidentemente, percebi que o proprietário do estabelecimento estava presente e relatei a minha frustração para ele. O proprietário conversou com o gerente, que logo veio recolher meu sanduíche.

Alguns minutos depois, para minha surpresa, um garçom veio entregar o meu mesmo sanduíche (aquele todo mordido pelas beiradas), mas agora com a carne muito bem passada. Esta atitude me impressionou pois, pelo pouco que eu sei, um dos princípios básicos de higiene em cozinhas industriais é que, uma vez que o alimento é manipulado (tocado ou comido) pelo cliente, não é permitido que retorne à cozinha.

Esta precaução deve ser tomada pois, se o cliente tiver alguma doença, a cozinha será contaminada e, conseqüentemente, os alimentos dos outros clientes. No caso de um burgueria, entendo que esta questão seja ainda mais crítica, pois todos os sanduíches compartilham de uma mesma chapa (que não é eleitoral, mas culinária).

Neste caso, além de mim e meus colegas terem provado, o sanduíche passou nas mãos de vários clientes durante a realização da enquete. Expliquei isso para o gerente e orientei que o correto era que ele tivesse providenciado outro sanduíche, mas a sua resposta foi:
- E quem vai arcar com o prejuízo?

Esta é uma pergunta típica de funcionários que não têm real comprometido com o negócio. É até compreensível quando vêm de funcionários de baixo escalão, mas inadmissível quando vem do próprio gerente do estabelecimento.

O custo marginal de produzir mais um sanduíche é infinitamente inferior ao custo intangível de prejudicar a imagem de uma empresa e de “conquistar” um cliente insatisfeito, que pode e tem um terrível efeito viral.

Este caso relatado serve para ilustrar alguns dos problemas comuns em bares e restaurantes, em decorrência da mão de obra desqualificada. Segundo dados do Sebrae, 76% dos funcionários de bares e restaurantes não recebem treinamento profissional.

domingo, 25 de setembro de 2011

MEU DICIONÁRIO DE PALAVRAS ODIÁVEIS.


Desde criança existem palavras que quando eu ouço ou leio  me irritam profundamente. 

Não há explicação lógica para a maioria delas estar na lista de "repugnância" , mas é inevitável que eu retorça a sobrancelha quando aparecem:

CHAMEGO - Se uma garota chegasse pra mim e dissesse "me faz um chamego" eu fechava meu punho e dava nos rins dela. Chamego me remete a um sujeito suado, com a nuca cheia de cabelinhos grudados, com uma lata de cerveja quente apoiada na barriga assistindo Faustão de chinelo Rider.

GINGA - Ginga é nome de refrigerante vagabundo. Uma pessoa "com ginga" é uma pessoa cheia de gases e essência barata. É um indivíduo que só aparece em gôndolas inferiores.

TUPINIQUIM - Ninimnmnhimhmm. Parece alguém sem dentes na boca tentando dizer "traz isso aqui pra mim".

TRANSADO - "Negócio transado!" "Transadão" "Será que ele topa essa transa?". Quem fala isso minha gente? Fica me vindo a voz do Sérgio Chapelin na cabeça dizendo "é uma transa leeeegal".

HOLERITH - Eu não sei como se escreve essa palavra. Busca no Google dá trocentas opções. Roller it. Chegou meu ROLLER IT. A única vez que eu ouvi alguém dizer roller it foi uma professora de geografia na escola pública. Ela chegou na sala, acendeu um cigarro, sentou na mesa, abriu um papel e disse ESSE É MEU HOLERITHE! E ficou lá sentada fumando, sem dar aula. Naquela época podia fumar na sala. Inclusive os alunos.

PÂNDEGA - Não posso negar que soa até engraçadinha. Mas eu odeio "pândega". É um fanho dizendo panela? Traz essa pândega pra gueu cozingar um um agozinho.

BOLADO - "bolei uma idéia" é a mesma coisa que bolar um canudo de orégano. E boladão é um sujeito embolado em bolo fecal.

“O SISTEMA" - Não é bem uma palavra. É um termo usado por idiotas pra generalizar uma coisa que eles estão querendo tirar o corpo fora justificando superioridade intelectual. Ou seja, um termo usado unicamente por imbecis. Quando eu leio "o sistema" em qualquer texto eu corro para o banheiro e jogo àgua no rosto.

SAGAZ - Desde que virou gíria "eu fumo unzinho ali e já volto" um ser sagaz nada mais é um ser vestido com uma bermuda que exibe metade de sua cueca, correntes grossas de metal no pescoço e um aroma de quem urinou nas próprias pernas há 5 dias e esqueceu de limpar.
Outras palavras que eu odeio.
Chinchila
Rúcula
Fronha
Baranga
Enfadonha
Lambisgóia
Marimbondo
Cunhado
Diarréia
Búfalo
Buginganga
Frangalhos
Mocréia
Periquito
Estardalhaço