As nossas crianças surpreendem. Dominam o computador e outras parafernálias eletrônicas, das mais simples às mais sofisticadas.
Fazem de tudo em patins, skates e assemelhados, participam de redes sociais, de times, bandas, gostam de viajar sozinhas com amigos, organizam passeios e festas, igualzinho aos adultos.
Algumas aprendem inglês, as meninas sabem se maquiar, dançam e se expressam como gente grande. Nadam, mergulham e escalam. Não tem medo de nada.
Os meninos e meninas que também tem surpreendido, assaltando em pequenos e grandes grupos, em bairros nobres, são como as nossas crianças, arrojados e inteligentes, só que, pela manhã, em lugar de iogurte, Nescau e misto quente, se alimentam de crack, solventes e maconha. E partem, não para a escola, clube, praia, play, mas para assaltar e agredir, como os pais que um dia tiveram.
Imitam com perfeição os adultos, vivem e aprendem com eles, mentem e desafiam, se drogam e matam.
Nossas crianças tem medo de escuro, de rato, de sangue e de tiro. Eles não. Só tem medo de gente, gente maior do que elas. Essas não são as nossas crianças, não são de ninguém, mas se alguém as espera, será pelos 5, 10, 15 reais, o celular, a bolsa de grife, o relógio, cartões e cheque inúteis.
Não tem sequer uma sandália de borracha, só bonés e camisetas, talvez conseguidos na sinaleira, na última noite de Natal, ou no último Dia das crianças. Das outras crianças.
Quando as nossas crianças preocupam, saem de controle, desrespeitam, tiram nota baixa, são levadas ao psicólogo, à supervisora da escola, ao pediatra da família, à avó que mora longe, para conversar.
As outras crianças foram levadas de camburão à delegacia, ao Conselho Tutelar e aos abrigos disponíveis. Mas esses locais não são o fim de linha, são apenas o começo. Elas e as nossas são crianças, tem menos de 12 anos e, como diz o ditado, é tudo igual, só muda o endereço.
E como muda! Também se diz que as crianças são o futuro do nosso Brasil.
O futuro está aí.
Bem diante dos nossos olhos.
Fazem de tudo em patins, skates e assemelhados, participam de redes sociais, de times, bandas, gostam de viajar sozinhas com amigos, organizam passeios e festas, igualzinho aos adultos.
Algumas aprendem inglês, as meninas sabem se maquiar, dançam e se expressam como gente grande. Nadam, mergulham e escalam. Não tem medo de nada.
Os meninos e meninas que também tem surpreendido, assaltando em pequenos e grandes grupos, em bairros nobres, são como as nossas crianças, arrojados e inteligentes, só que, pela manhã, em lugar de iogurte, Nescau e misto quente, se alimentam de crack, solventes e maconha. E partem, não para a escola, clube, praia, play, mas para assaltar e agredir, como os pais que um dia tiveram.
Imitam com perfeição os adultos, vivem e aprendem com eles, mentem e desafiam, se drogam e matam.
Nossas crianças tem medo de escuro, de rato, de sangue e de tiro. Eles não. Só tem medo de gente, gente maior do que elas. Essas não são as nossas crianças, não são de ninguém, mas se alguém as espera, será pelos 5, 10, 15 reais, o celular, a bolsa de grife, o relógio, cartões e cheque inúteis.
Não tem sequer uma sandália de borracha, só bonés e camisetas, talvez conseguidos na sinaleira, na última noite de Natal, ou no último Dia das crianças. Das outras crianças.
Quando as nossas crianças preocupam, saem de controle, desrespeitam, tiram nota baixa, são levadas ao psicólogo, à supervisora da escola, ao pediatra da família, à avó que mora longe, para conversar.
As outras crianças foram levadas de camburão à delegacia, ao Conselho Tutelar e aos abrigos disponíveis. Mas esses locais não são o fim de linha, são apenas o começo. Elas e as nossas são crianças, tem menos de 12 anos e, como diz o ditado, é tudo igual, só muda o endereço.
E como muda! Também se diz que as crianças são o futuro do nosso Brasil.
O futuro está aí.
Bem diante dos nossos olhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário