Amigo meu, colega de batente, passou a fazer o que os sociólogos chamam de observação participativa, expressão que aprendi faz pouco tempo, com leitor desse espaço virtual, mesmo, versado nessas coisas das ciências sociais.
Explicou que fica em Itapoan, sua praia preferida e ali desenvolve as suas aptidões investigativas. Itapoan é palavra de origem indígena, Tupi, significando pedra que chora. Ignoro se por lá existe alguma pedra chorona!
Certamente que sim! Mas, na condição de pesquisador desse cotidiano quase líquido, tem identificado e analisado os “farofeiros” do lugar. Vale explicar que essa gente “farofeira” vem de longe, às vezes até para ver o Oceano Atlântico pela vez primeira.
Trazem de um tudo nos bornais, a galinha assada, a farofa, o arroz branco e o feijão, sem falar nos refrigerantes e nas cervejas. Assim, evitam gastar o pouco que possuem na carteira magérrima.
Pois é, um desses, enrolado na areia da praia como um bife à milanesa, olhava a imensidão do mar, mirando as diversas tonalidades da água e de tão encantado que estava não hesitou em dizer: “Se tivesse um holofote aqui, eu ficaria a noite inteirinha vendo esse marzão!”.
E a mulher que se deitara em frente ao meu ilustre colega, terminou sendo retratada a bico de pena. Senhora de formas protundentes, de quadris largos e amplos, de coxas iguais àquelas da mulherada dos anos sessenta.
Deu-me o desenho e eu vou tentar passar para o computador, aqui mesmo, para publicar no Blog. Se não for logo, há de ser depois!
E antes da partida do grupo, reuniram-se todos e deram o grito de guerra: Camaçari. Vinham, então, dessa cidade pequena, nas imediações de onde estou agora.
Mas, hoje, enquanto caminhava, lembrava de fatos que me ocorreram quando era jovem e andava nas areias cálidas de Porto Santo, chegando até os domínios de Gameleira. Era uma beleza aquilo lá.
No deslocamento entre a igrejinha de Nossa Senhora do Ó e a paz de Maria Farinha, quase não se tinha companhia, tal o deserto.
Em certa ocasião, porém, encontrei colega meu de turma que se refastelava na praia, quase no final de minha caminhada. Cuidei em parar e fiar conversa. Eu, ele, as duas esposas e mais um irmão deficiente mental. De repente, na linha de meu olhar, uma gringa baixa o maiô e expõe os seios. Eu me virei pra ele e expressei:
- Tonho! Estou me sentindo mal!
- O que sentes?
- Estou todo me tremendo. Olha o que vem se aproximando. Ele viu e me disse que o irmão não poderia, em hipótese alguma, descortinar aquela nova personagem no cenário da praia.
Foi ai que cuidei em abraçar o fraterno companheiro de ocasião e à medida que ela passava diante de nós, eu o fazia rodar sobre si mesmo, mantendo-o sempre de costas.Foi uma atitude egoísta, reconheço agora, pois o nosso Aprígio tinha também o seu direito à visualização inusitada, tanto quanto nós outros, tidos e havidos como saudáveis nessa ótica da mentalidade.
Por certo somos mais débeis que ele.
Pois é, um desses, enrolado na areia da praia como um bife à milanesa, olhava a imensidão do mar, mirando as diversas tonalidades da água e de tão encantado que estava não hesitou em dizer: “Se tivesse um holofote aqui, eu ficaria a noite inteirinha vendo esse marzão!”.
E a mulher que se deitara em frente ao meu ilustre colega, terminou sendo retratada a bico de pena. Senhora de formas protundentes, de quadris largos e amplos, de coxas iguais àquelas da mulherada dos anos sessenta.
Deu-me o desenho e eu vou tentar passar para o computador, aqui mesmo, para publicar no Blog. Se não for logo, há de ser depois!
E antes da partida do grupo, reuniram-se todos e deram o grito de guerra: Camaçari. Vinham, então, dessa cidade pequena, nas imediações de onde estou agora.
Mas, hoje, enquanto caminhava, lembrava de fatos que me ocorreram quando era jovem e andava nas areias cálidas de Porto Santo, chegando até os domínios de Gameleira. Era uma beleza aquilo lá.
No deslocamento entre a igrejinha de Nossa Senhora do Ó e a paz de Maria Farinha, quase não se tinha companhia, tal o deserto.
Em certa ocasião, porém, encontrei colega meu de turma que se refastelava na praia, quase no final de minha caminhada. Cuidei em parar e fiar conversa. Eu, ele, as duas esposas e mais um irmão deficiente mental. De repente, na linha de meu olhar, uma gringa baixa o maiô e expõe os seios. Eu me virei pra ele e expressei:
- Tonho! Estou me sentindo mal!
- O que sentes?
- Estou todo me tremendo. Olha o que vem se aproximando. Ele viu e me disse que o irmão não poderia, em hipótese alguma, descortinar aquela nova personagem no cenário da praia.
Foi ai que cuidei em abraçar o fraterno companheiro de ocasião e à medida que ela passava diante de nós, eu o fazia rodar sobre si mesmo, mantendo-o sempre de costas.Foi uma atitude egoísta, reconheço agora, pois o nosso Aprígio tinha também o seu direito à visualização inusitada, tanto quanto nós outros, tidos e havidos como saudáveis nessa ótica da mentalidade.
Por certo somos mais débeis que ele.
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