quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

BELINHA


Todos sabem que criar filhos não é uma tarefa fácil e que as lágrimas fazem parte do pacote. Quando olho para Belinha, agora com onze anos e com uma vida toda pela frente, fico pensando na minha responsabilidade.

Para que ela alcance seus objetivos, vai depender muito do tipo de pai que eu for. É como se ela tivesse entregado a sua vida em minhas mãos. Esta criança linda, pura e dócil, e com grandes expectativas não me escolheu para ser o seu pai, mas única coisa que ela espera de mim é que a ame de tal maneira que ela se torne uma pessoa melhor do que eu e não tenha que passar pelas dificuldades que eu passei em minha vida.

Infelizmente, muitas pessoas pensam em ter filhos pelos motivos mais absurdos. Algumas se sentem só e acham que uma criança preencherá o vazio da sua vida. Outras querem ter um filho pra manter um relacionamento ou para receber benefícios. Uma razão pode parecer pior do que outra, mas todas têm uma coisa eu comum – o egoísmo.

Quando vi Belinha pela primeira vez, fiz planos para ela, não para mim. Procuro fazer o meu melhor, de forma que eu seja o pai que ela precisa. Não posso ser o pai que meu pai foi para mim, nem tampouco ser o pai que os outros querem que eu seja. Tenho que ser o pai que Belinha precisa, e não abusar do meu direito de ser pai.

Tenho consciência do verdadeiro sentido de ser pai. Isso não diz respeito a mim, mas sim aos nossos filhos.         
   



Nenhum comentário:

Postar um comentário