“Quando conheci meu marido, ele era calouro na faculdade. Ele pertencia a uma família muito ativa, com muitos anos de trabalho na igreja. Como estava entusiasmado para servir em uma missão! Achei na época que o Evangelho era a coisa mais importante que compartilhávamos. Apreciávamos música e a natureza, e nossa prioridade era adquirir conhecimento. Namoramos alguns meses. Foi com facilidade que ficamos gostando um do outro, e correspondemo-nos durante todo tempo em que ele cumpria sua missão em outra cidade. Ao voltar para casa, ele retornou para a faculdade e nos casamos. Seguimos o conselho dos líderes da igreja e começamos a formar uma família. Eu estava freqüentando a Universidade com uma bolsa e estudos, mas fiquei grávida e doente, então deixei os estudos para dedicar meu tempo e energias a meu marido e filho recém-nascido.
Nos dezoito anos seguintes, sustentei meu marido enquanto ele terminava seus estudos, adquiria alguma experiência de trabalho e dava início a um negócio próprio. Servimos em cargos de liderança na igreja e na comunidade. Tivemos cinco filhos maravilhosos, aos quais ensinei o Evangelho. Ensinei-os a trabalhar, a servir, a comunicar-se e a tocar piano. Fiz pão, enlatei pêssegos, maçãs e tomates. Fiz vestidos e colchas. Limpei a casa, cuidei das flores e das verduras. Podia-se dizer que éramos uma família ideal. Nosso relacionamento era às vezes agradável, às vezes difícil. As coisas nunca foram perfeitas, pois eu não seu uma mulher perfeita., e ele não é um homem perfeito, mas muitas coisas eram boas. Eu não esperava perfeição, só continuava tentando.

Hoje estou só, criando meus filhos. Uma declaração que carrega consigo um fardo enorme de sofrimento, dor e solidão. Explica todo o trauma e rancor dos meus filhos adolescentes. As lágrimas derramadas por minhas filhas pequenas. Tantas noites sem dormir, muitas necessidades e exigências familiares. Por que estou nesta encrenca? O que houve de errado com minhas escolhas? Como voltar à escola? Conseguirei atravessar esta semana? Onde está meu marido? Onde está o pai dos meus filhos? Agora faço parte da extensa fileira de mulheres cansadas, abandonadas pelo marido. Não tenho dinheiro nem emprego. Tenho filhos para sustentar, muitas contas para pagar e bem pouca esperança”
Não sei se o marido citado se encontra em algum lugar por perto. Se estiver lendo isto, me mande um comentário justificando o que fez. Sei que sempre há dois lados em toda história. Entretanto não posso compreender como um homem cristão, que possui o santo sacerdócio e fez convênios sagrados e eternos com o Senhor, possa justificar o abandono de suas responsabilidades para com aquela que foi sua mulher durante dezoito anos, e os cinco filhos que existem graças a ele, que carregam a sua herança e são carne de sua carne e sangue do seu sangue.
A CHAMA DO AMOR
“Manter o jardim do casamento bem cultivado e livre das ervas daninhas da negligência exige tempo e compromisso amoroso. Não se trata apenas de um privilégio agradável, é uma exigência das Escrituras com promessa de glória eterna.
Mantenham acesa a chama do namoro. Reservem tempo para estarem juntos só os dois. Tão importante quanto estar com os filhos, em família, é ter um tempo juntos a sós. Se fizerem isso, seus filhos saberão que consideram o casamento algo muito importante, que requer cuidados. Para isso é necessário tomar uma decisão, planejar e reservar tempo.”
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