Trabalhei muito tempo num prédio que tinha ascensorista. Certo dia, depois de mais de cinco anos frequentando este prédio, ele faltou. Soube que foi a primeira vez, nos 56 anos do prédio, que o elevador ficou sem o seu comandante. Apesar do relativo caos, criou-se uma oportunidade inédita: sentar na cadeira do ascensorista.
Achei muito interessante a idéia daquele banquinho preso à parede do elevador. Não entendo porque essa idéia não é estendida aos passageiros. Poderiam ter vários banquinhos disponíveis no contorno do elevador de forma que, pelo menos quando o elevador estivesse relativamente vazio, os passageiros pudessem se sentar. E, quando estivesse cheio, o banquinho seria levantado para não atrapalhar.
Acho que essa idéia não emplacou por uma questão de equilíbrio social. Porque o direito de sentar no banquinho é um dos únicos benefícios que o ascensorista tem em relação aos demais passageiros.
E, se todos tivessem acesso a esse benefício, os ascensoristas perderiam o diferencial de suas vidas.
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