terça-feira, 1 de março de 2011

A MULHER FRIA

Era uma mulher fria. Em pleno calor do mais tórrido verão, mantinha-se pálida, os lábios sem cor, as mãos geladas.

Gostava de sorvetes e vestia-se de branco.

Na cama, uma noite, o marido a tocou, e na rigidez do seu corpo, reconheceu a dureza da estátua em que ela, aos poucos, sem que percebesse, se cristalizara.

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