Era uma mulher fria. Em pleno calor do mais tórrido verão, mantinha-se pálida, os lábios sem cor, as mãos geladas.
Gostava de sorvetes e vestia-se de branco.
Na cama, uma noite, o marido a tocou, e na rigidez do seu corpo, reconheceu a dureza da estátua em que ela, aos poucos, sem que percebesse, se cristalizara.
Nenhum comentário:
Postar um comentário