Era uma mulher tão convencida do seu papel de mulher-objeto, que pediu ao marido uma faxineira semanal que lhe daria brilho às unhas das mãos e dos pés, enceraria sua pele e varreria seus longos cabelos do pó acumulado.
E assim, tão bem cuidada, trancou-se na vitrine do armário da sala de jantar e deixou-se admirar pelas visitas o resto de sua vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário