C-O-N-G-A!
O tênis da época. De lona e borracha. Com uma biqueira característica. Era o que suportava o tranco da meninada. Podia sair chutando pedras sem problemas que a Conga aguentava. Só tinha um problema. Com o uso e as consequentes lavagens a Conga ia ficando horrível. Lona desbotada. Muito feia.
Ia ficando feia, mas em perfeito estado de uso. Esse era o problema. Enquanto cabia no pé tinha que usar porque não ia ganhar outra.
Aí é que entrava o calçado preferido dos meninos. O Kichute. Preto. Além de mais vistoso e esportivo ainda podia ser engraxado.
Algum tempo depois surgiu a evolução da Conga. Era a Conga All Color, uma versão esportiva, sem a tradicional biqueira.
Era mais cara que a outra. Mas, prá pobre, o que falta em dinheiro sobra em criatividade. A meninada pegava a Conga simples e cortava a biqueira com gillete. Ficava igualzinha.
Fui fazer isso com uma Conga novinha que minha mãe tinha me dado. Errei a mão e cortei a lona.
Sobrou pra mim uma surra e usar a Conga furada o ano todo.
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