terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O BALEIRO


Baleeeeeiiiiirroooooooooooo!!!

De longe ouvia-se o anúncio que o baleiro estava passando na rua.

Baleiro ?

Vendedor de balas, doces e chocolates. 

Salvador. Anos 70.

Não havia os super-hiper-mercados. Comprava-se os gêneros de primeira necessidade no mercado municipal, na feirinha do bairro ou nas quitandas da rua.

Então era comum a passagem diária dos vendedores ambulantes. Vendiam quase tudo de porta em porta.

Vinha o padeiro, o leiteiro, o baleiro, o verdureiro, o bananeiro,  e vários vendedores de muitas outras coisas.

Andavam aos berros, anunciando seu produto. A um chamado paravam na porta da casa, arriavam o pesado tabuleiro de madeira que levavam sobre uma rodilha de pano na cabeça, pesavam o pedido numa balança portátil e entregavam em mãos, geralmente já numa vasilha trazida pelo comprador.

O baleiro e o peixeiro eram os vendedores mais frequentes.

Forneciam o principal das refeições, numa época em que frango congelado não existia ainda.

Saudades daquele tempo...

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