terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

E EU VOS DECLARO MARIDO E MULHER. Para Catemila.

          Vou dar umas dicas importantes para quem vai ao casamento de Catemila, dia 05 de março, mesmo sem ser convidado, (atenção galera do Themistocles) e quer ser bem servido de comes e bebes. Primeiramente, deve vestir-se bem. Não adianta dar um banho de Rexona no seu terno mofado que usou na formatura da 8a série. Vista-se bem para não ser olhado como amigo-do-amigo (penetra) e não ser bem servido pelos garçons. Observe bem a “rota da merenda”.

          Todos os garçons são instruídos para seguirem uma espécie de caminho pelo salão, para que todas as mesas sejam bem servidas, mas conhecendo essa rota, você poderá otimizar o seu consumo individual, conseguindo copos de refri sempre cheios e os disputadíssimos croquetes de camarão. Faça também amizade com todos os garçons!

          Outra dica importante é sentar-se na mesa ou próximo das pessoas mais velhas da festa, tipo aqueles velhinhos que têm que ser carregados pelos sobrinhos para chegar à mesa. Um raio de 10 metros da mesa dele será uma zona fértil e bem atendida pela rota da merenda.

          Se for penetra, tente parecer amigo das pessoas da festa. Dê alguns tchaus para a multidão como se tivesse vendo algum amigo. Parabenize a noiva separadamente do noivo. Assim, um achará que você é convidado do outro. Abrace os pais da noiva também e deseje toda a sorte do mundo para os mesmos. Dê preferência à mãe da noiva, que é a que teve o maior trabalho e está mais orgulhosa.

          Na hora de ir à mesa de pratos quentes, sempre passa-se raiva. Odeio aquelas tias gordas que ficam um tempão na fila, enchendo os minúsculos pratos com todos os tipos de molho, e olhando para todos os lados como se algum predador de salgadinhos fosse atacar sua presa. Uso o truque de suspirar alto e ficar batendo perna no chão, para mostrar que realmente também quero me servir.

          Quando o DJ da festa começa, tudo combina com o ambiente. A música de Mozart casa perfeitamente com o balançar das chamas das velas e das voltas sinuosas dos vestidos das madrinhas. Ao final da festa, o som do Psirico parece casar perfeitamente com a imagem da tia gorda descalça quebrando na pista segurando o rabo do vestido com a mão.

                   Ainda tem as figuras clássicas na hora da boite. Aqueles tios da noiva que não vão a uma “discoteca” desde o fim dos Jacksons Five, mostram que têm memória de elefante... mas um corpo de dromedário! Tentam unir os passinhos dos filmes de John Travolta com as recomendações médicas do reumatologista. O resultado é hilário! Uma atração à parte. Sempre tem uma velhinha dançando que nem a vovó da 'Farmácia Remédio Barato' no comercial que rodou no Carnaval de Salvador.

          De repente o DJ interrompe o som para anunciar que a noiva irá jogar o bouquet. O ramalhete da sorte (sorte para os parceiros das mulheres que não o pegarem) apontará onde será a próxima festinha. Sempre as mesmas piadinhas. “Joga aqui!”. “Vê se mira em mim!”. “Joga na direção da mesa de som!”.

           De repente a noiva joga, e aquelas mulheres parecendo um bando de macacos em regime secular avistando uma banana se atiram de todas as formas para conseguir o ramalhete. Quando a jovem avistou o ramalhete, não hesitou e correu na direção do mesmo.

          O DJ rapidamente colocou a música “Carruagens de Fogo”, e todos passaram a correr em câmera lenta, para dar mais emoção à cena. Na verdade casamento é uma hora feliz para a família onde todos os acontecimentos têm licença poética para o ridículo, então tudo torna-se aceitável e divertido.

          E eu vos declaro marido e mulher!

Nenhum comentário:

Postar um comentário