quinta-feira, 11 de agosto de 2011

DISK AMIZADE.

Em tempos idos, quando a Internet ainda era um sonho, os corações solitários já se arranjavam nas redes sociais da época. Eram tempos pré Internet e as pessoas entediadas buscavam diversão das mais variadas maneiras. Uma delas era, para nós, ficar de papo furado no disque amizade — um troço que hoje deve ser totalmente dinossaurico e obsoleto.

Anos 80.
 A top rede de relacionamentos era o Disk Amizade. Você discava para o número 145 e entrava num dos canais, que comportavam determinado número de participantes ao mesmo tempo. Havia a figura do monitor, funcionário da companhia telefônica que fazia as vezes de mediador das conversas, tirando do grupo quem não seguia as regras de boa conduta.

Semelhante às atuais salas de chat, no 145 as pessoas não davam seus nomes verdadeiros. Criavam apelidos sexys, interessantes, curiosos, engraçados... No Disk Amizade o que contava mesmo eram a voz e o caô. Os que possuiam voz de locutor já entravam na dianteira. Também como hoje, enfeitavam muito ao falar das próprias qualidades ou atributos físicos.
 
Imagina, todo mundo numa linha batendo papo ao mesmo tempo. Não sei se as pessoas realmente faziam e estreitavam amizades, porque para mim aquilo era apenas diversão.

 Eu entrava na linha só pra atrapalhar o convercê e confundir as pessoas. Era uma brincadeira, que obviamente eu adorava. Infantilice a minha, que devo ter liderado a parada e participava com gosto, rindo de chorar e de quase se mijar.

E se hoje, com os recursos de imagem dos chats já acontecem decepções na hora do encontro real, vocês podem imaginar o que acontecia naquele tempo dos encontros às escuras, confiando apenas numa bela voz...

3 comentários: