Há alguns dias atrás, eu e minha linda esposa fomos lanchar em uma pastelaria no centro da cidade.
O único lugar vago era uma mesinha na calçada. Eu não gosto de me sentar na calçada porque há muito barulho de trânsito e pessoas passando ao meu lado, que, invariavelmente, olham para ver o que eu estou comendo. E isso é muito desagradável.
Mas enfim, eu estava faminto e com pressa. Fizemos os pedidos.
E eis que ela me aparece. Toda sem graça. A maldita pomba capenga.
A pomba tinha uma pata atrofiada e outra normal. Andava toda torta, catando lixo do chão. Descendo para o meio da rua e voltando para a calçada. Eu não conseguia parar de olhar para aquela maldita pomba capenga.
Mas enfim, eu estava faminto e com pressa. Fizemos os pedidos.
E eis que ela me aparece. Toda sem graça. A maldita pomba capenga.
A pomba tinha uma pata atrofiada e outra normal. Andava toda torta, catando lixo do chão. Descendo para o meio da rua e voltando para a calçada. Eu não conseguia parar de olhar para aquela maldita pomba capenga.
Revirando minha cabeça, eu visualizava o passado daquela pomba, batalhadora e manca. Como havia conseguido chegar até ali?
Venceu na vida. A pomba manca é a prova viva de que "quem tem um sonho chega lá". Mas a pomba nada mais é que um pássaro imbecil, que é conhecido como "rato voador". E é imbecil, já disse.
A pomba ficava a poucos centímetros de ser atropelada por ônibus, carros e motos. E com aquela patinha defeituosa. Ela se arrastava e o ônibus quase a esmagava. E eu olhava a pomba sem parar. Mordendo a ponta dos dedos e virando a cabeça para não ver a tragédia. Cutucando o saleiro para ver se me distraía com outra coisa.
Mas não adiantava.
Começou a me dar nervoso, faniquito e vontade de berrar: "droga de pomba idiota, morre logo ou sai daí". E comi o meu lanche paranóico com uma pomba capenga atazanando meu juízo.
É. Eu acho que preciso de férias.
Urgente.
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