quarta-feira, 25 de maio de 2011

INÉDITO

Eu não vou mentir. Esses jogos de ocultar, interpretar, fazer de conta... Eu não dou conta deles. Deve ter sido algo pro qual não fui programado.

É assim que funciona. Eu te digo o que eu quero e você me diz o que quer. Se der certo todo mundo ganha. Senão… Todo mundo sai perdendo.
E o que pode ser mais divertido do que ganhar? Que dar certo esse encontro de desejos?

Eu passei a tarde de hoje me desconcentrando, desencontrando, desalinhando. Não foi muito bom. Essas milhares de idéias. Fragmentos. Nenhum texto.

Nenhum bom o suficiente pra me deixar satisfeito.
Foi cansativa toda essa força pra me concentrar.
Depois… bem depois… Quando o cansaço já me atirava na cama, quando eu não tinha forças físicas pra escrever, entendi.

Eu preciso me reprogramar. Fazer cara de paisagem, fingir que está tudo bem. Ser mais ato e menos fato.
Esquecer todas as coisas. Tudo que for inútil pro momento, e só religar mais tarde. Bem mais tarde, quando eu puder usá-las. 

Ser qualquer coisa que não eu. Porque ser eu, às vezes dói pra burro.






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