A hora da merenda era uma festa. Nas escolas havia a cantina oficial, pouco frequentada devido à pequena variedade e principalmente aos preços.
Lanche gostoso mesmo era na feirinha dos vendedores ambulantes que se estabelecia diariamente na calçada da escola. A clientela comprava pelas grades do portão.
Tinha o vendedor de pastel - de carne, de queijo e misto - com um molho caseiro de pimenta que não havia igual. Ao lado dele ficava o vendedor de sonhos - de creme e de doce de leite. Entre os dois reinava o Seu Pedro, com sua imensa caixa de isopor cheia de totó - o mesmo que dindin ou sacolé ou gelanho- que podia ser congelado ou não. Também tinha o vendedor de quebra-queixo - doce de côco caramelado que grudava nos dentes e o infalível vendedor de balas.
Também tinha lugar cativo o vendedor de taboca - algo parecido com uma grande casquinha de sorvete sem o sorvete, acondicionados numa espécie de tambor de lata. O "taboqueiro" chamava sua freguesia tocando um triângulo de ferro, desses de trio nordestino.
Delícias que faziam a farra da garotada e dos dentistas depois.
Hoje a prefeitura provê merenda escolar gratuita da pior qualidade. Aqui na minha cidade, os alunos questionam porque a prefeitura precisa gastar dinheiro pagando salário de nutricionista e merendeira, se só é servido no cardário escolar laranja seca, banana da terra e manga...
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