Eu fui um menino por trás de uma vidraça – um menino de aquário. Via o mundo passar como numa tela cinematográfica, mas que repetia sempre as mesmas cenas, as mesmas personagens.
Tudo tão chato que o desenrolar da rua acabava me parecendo apenas em preto e branco, como nos filmes daquele tempo.
O colorido todo se refugiava, então, nas ilustrações dos meus livros de histórias, com seus reis, como os das cartas de baralho.
Porém sobrevivi...
E aqui do lado de fora, neste mundo em que vivo, como tudo é diferente! Tudo, ó menino de aquário, e muito diferente do teu sonho...
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